"Há dias que dá vontade de fazer nada. Há dias que nem os sonhos parecem fazer sentido. Sufocada nesse labirinto chamado Terra, um corpo já sem alma vaga n amultidão... Quem lhe dera inaugurar o beijo da despedida, pois há dias em que o mundo inteiro canta e ele apenas consegue chorar."

By Talissa

17/08/2009

Enquanto isso os números aumentam


Hoje trago ao Lenda Pessoal a minha observação àqueles que são fãs ou que não perdem o programa "No Limite" que vem sendo exibido pela Rede Globo. Não costumo assistir a tal exibição, mas ontem ao passar pelo decorrente canal me deparei com uma situação constrangedora e irritante: uma prova onde os participantes jogavam frutas e as destruíam (ou não) para conseguir sua própria comida. Que mundo é este?
Estatísticas de 2001 revelam que cerca de 1 bilhão dos 6 bilhões de habitantes do mundo passam fome. Em pesquisas recentes o The Hungy Site diz que, por ano cerca de 9 milhões de pessoas morrem desse mal. Segundo a ONU, 8 milhões de crianças morrem por ano devido a falta de alimento. Segundo a Fundação Abrinq, no Brasil estima-se que por ano morram 123 mil crianças com até um ano de idade pela fome ou por falta de amparo. Diante de todos esses números eu pergunto a você leitor se também não ficaria irritado ao ver adultos “brincando” de acertar frutas no ar enquanto outros morrem de fome, e tudo por causa de uma competição, um reality show!
É fato que grande parte do problema da fome no nosso país se deve à falta de o alimento chegar a boas condições até a população, questões econômicas, e não por causa da falta do alimento em si. O Brasil apresenta regiões de fácil cultivo de alimento e outras não, seja por condições de falta de terra para tal cultivo ou condições climáticas adversas, mas nem por isso as regiões beneficiadas, ou melhor, a população beneficiada deve fazer uso do desperdício.
Enquanto o programa promove provas criativas para que seus participantes consigam comida destruindo as mesmas em rede nacional, nosso país passa fome e cada vez mais as pessoas se convensem de que "a fome não é um problema tão grave assim"! Se pelo menos um terço de toda a criatividade usada no programa para realizar as provas fosse usada de tal maneira que sanasse este problema, os números das estatísticas seriam outros e mais reais à população. Porém, com esta "realidade" os números só aumentam.

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(Paul Tournier)