Um anjo em Waterford

Os encantadores desfiladeiros que levam às montanhas e o encantador mar Céltico costeiro são traços marcantes da "Terra dos Cristais". Os castelos e festas que hipinotizam os turistas por alguns instantes dessas vinte e quatro horas, encantam seus olhos, mas seu silêncio não são capazes de sessar. Ele olha para o céu e vê que os últimos raios de luz se escondem no horizonte. O dia vai embora e as criaturas angelicais saúdam a noite. Pode sentir a presença eterna dos vikings que aquela terra habitaram. Agora essas almas vagam pelo asfalto frio, em meio as "almas vivas" que habitam o presente misturando-se às almas do passado.

É no calar da noite que os anjos enchergam melhor a realidade. É no calar da noite que os anjos visitam o seu leito e enxugam suas lágrimas. Pequenos cristais que caem na terra; pequenos demais para a dor que cada um tem de carregar.

A noite se vai e outra vez os raios do sol refletem nas águas costeiras... Num castelo de pedras outra vez o geodo inunda-se. Estaria ele ao aguardo de um anjo que o salvaria e aliviaria a sua amargura? lacra-se outra vez em sua semi-preciosidade. Aguarda por alguém que possa lapidar sua liberdade; alguém possa curar sua insanidade.

Entre alegrias e belezas desta terra um coração dolorido sofre e os cristais que encantam, às angelicais criaturas trazem lembranças de lágrimas que o coração dos humanos destroem.