Sophia

Vejo Sophia dançar no salão. Sua presença horas o público encanta, horas inveja irradia. O balanço dos mimos que carrega em seu vestido estão em perfeita harmonia com a criatura. Suas expressões que circulam o salão, por mais doce que sejam não inibem sua bravura e sua força, mas seus olhos denunciam insane amargura. _ É no interior que escondem-se os segredos. _ De nada lhe servirá um sorriso lindo, Sophia, se sua alma dolorida chora por dentro!
A noite se encerra fazendo o sol encantar outra vez no horizonte. É o começo de mais um "lindo dia"... Para Sophia outro sacrifício que começa após uma feliz noite.
Agora ela isola-se em seu silêncio. Ele tem sido sua armadura, seu fiel escudeiro. Em quanto horas cruzam o espaço lentamente, Sophia embarca rumo ao mundo do "dever ser". Finalmente a solidão aloja-se em seu teto, mas para aquela que ficou sozinha e no silêncio quase uma vida, algumas horas nada significam. Talvez para Sophia sofrer seja simplesmente um remédio, mas nunca um veneno, nem sequer um martírio.